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Mês do Gato na Animed!

Se o seu gato quer estimar o teste da leucemia e sida felinas deve realizar!

Venha conhecer estas doenças silenciosas!

Vírus da Leucemia Felina (FeLV)

FeLV ou Vírus da Leucemia Felina, é provavelmente a doença vírica mais importante em gatos. Cerca de 1 em cada 3 gatos que contactam com o vírus desenvolvem infecção permanente que é quase sempre fatal. A infecção por FeLV causa uma grande variedade de sintomas e ao enfraquecer as defesas imunitárias do gato, torna-o mais susceptível a outras infecções. Os efeitos do vírus no sistema imunitário são semelhantes aos que ocorrem com pessoas com SIDA, mas o FeLV afecta apenas gatos. Não afecta o Homem nem outras espécies, como o cão.

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Como se transmite a doença?

O FeLV está presente nas secreções corporais do gato, principalmente na saliva. O vírus pode ser transmitido quando os gatos se lambem uns aos outros, partilham os mesmos comedouros ou liteiras, espirram uns sobre os outros ou se mordem entre si. Outras vias de infecção possíveis, mas menos comuns, são a transmissão via sexual e a transmissão durante a gestação ou por ingestão do leite materno pelos gatinhos.

Poderá o meu gato ter FeLV?

Cerca de 1 em cada 100 gatos têm infecção persistente, estando o vírus permanentemente presente no corpo. Quando vários gatos partilham a mesma casa, há maior probabilidade do vírus ser transmitido de animal para animal e de mais gatos serem afectados. O risco de exposição ao vírus aumenta com a idade. Contudo são os animais mais jovens (com menos de 6 meses de idade) que têm mais probabilidade de serem infectados e um em cada três gatos desenvolve a doença.

Quais as consequências do FeLV?

Em mais de metade dos gatos que morrem por FeLV o problema é resultado directo da destruição dos glóbulos sanguíneos que são a principal defesa do organismo contra as doenças. Este facto torna o gato mais susceptível a outros agentes. Nos restantes casos os sintomas podem incluir infertilidade, aborto ou o nascimento de gatinhos muito debilitados, inflamação ocular, rápida perda de peso, doença intestinal ou lesões neurológicas. Um gato infectado pode parecer saudável vários meses, mas 80% dos gatos morrem 3 anos após serem infectados.

Como poderei saber se o meu gato está infectado?

Deve suspeitar de FeLV quando o seu gato contrai doenças com muita frequência. Há um teste de sangue simples que mostra se o seu gato esteve ou não em contacto com o vírus. É necessário realizar dois testes com intervalo de poucas semanas para se poder ter um diagnóstico fiável.

O FeLV pode tratar-se?

Após a infecção se ter estabelecido não há forma de a deter. O tratamento médico fará com que o seu gato fique mais confortável, e ajuda a tratar outras infecções que poderão ocorrer como resultado do FeLV. A primeira vacinação deve ser feita em gatinhos entre as 8 e as 10 semanas, devendo ser realizada a revacinação anual para manter o gato protegido. A partir daí a vacinação poderá ser mais espaçada e de acordo com o estilo de vida do animal.

 Se o seu gato já estiver infectado não poderá ser vacinado, daí a importância da realização do teste antes da vacinação.

A Vacina contra FeLV é segura?

A vacina contra o FeLV é segura, mas em casos raros pode correr reacção no local da injecção.. Quando há muitos gatos em casa ou um novo gato está prestes a chegar, o melhor é fazer o teste de FeLV a todos, e vacinar aqueles que ainda não tenham tido contacto com o vírus, antes do novo animal chegar.

O que fazer se o meu gato tiver FeLV?

  • Se ambos os testes derem positivo é seguro afirmar que o seu gato está infectado.
  • Os gatos infectados devem ser tratados consoante os sintomas que apresentem porque não existe nenhum tratamento eficaz contra a doença em si.
  • Um gato infectado nunca deverá ter acesso ao exterior por um lado para o proteger de contrair outras doenças e por outro, para não infectar outros gatos.
  • Situações de stress deverão ser evitadas porque podem ficar imunodeprimidos (as defesas imunitárias baixam) e surgirem problemas de saúde.
  • Devem ser esterilizados e ter uma alimentação equilibrada.
  • Devem ser desparasitados interna e externamente de acordo com a indicação médico veterinária.
  • Um gato com FeLV não deverá ser vacinado contra este vírus mas deverá continuar a ser imunizado contra as restantes doenças infecciosas comuns.
  • Devem ser sujeitos a consultas clínicas regulares (a cada 6 meses).

Vírus da imunodeficiência Felina (FIV) ou da SIDA Felina

A infecção pelo Vírus da imunodeficiência felina (FIV) é uma doença importante nos gatos de vida livre. Os gatos infectados apresentam sinais clínicos semelhantes aos dos humanos com SIDA, doença causada pela infecção do vírus da Imnodeficiênica humana (HIV). Ainda que estes vírus (VIH e FIV) sejam semelhantes, os vírus são específicos da espécie, pelo que o FIV só infecta gatos e o HIV são infecta humanos. Por este motivo, não há risco para as pessoas que estejam em contacto com gatos positivos a FIV.

O que é o FIV e como causa a doença?

O vírus do FIV afecta as células do sistema imunológico (glóbulos brancos) destruindo-os ou danificando-os. Isto causa uma deterioração gradual do sistema imunitário do gato. Numa fase inicial a infecção pode não causar sinais compatíveis com doença mas o sistema imune é muito importante na luta contra infecções e no controlo do corpo face a células cancerígenas. Assim, gatos infectados com FIV apresentam um risco alto de doenças e infecções por vírus, bactérias ou parasitas como Toxoplasma gondii ou hemoparasitas (parasitas que causam anemia).

Qual do risco para os gatos?

A forma mais comum de transmissão do vírus é através de mordeduras durante as lutas. Por esta razão, os gatos machos sem castrar correm mais risco de contagio e a prevalência aumenta com os gatos com acesso ao exterior ou em gatos de rua. Qualquer gato pode ser infectado em qualquer idade mas frequentemente passa bastante tempo entre a infecção e o desenvolvimento de sinais e por isso a doença é mais comum em gatos adultos ou séniores.

Como se transmite?

A mordedura é a forma mais importante de transmissão. A saliva de uma gato infectado tem grande quantidade de vírus e uma só mordedura pode desencadear a transmissão da infecção. A infecção também de produz entre grupos que não lutam através de lambedura (grooming) e da partilha de comedouro e bebdouro. Alguns gatos que nascem de mães infectadas com o vírus pode chegar a infectar-se durante a gestação ou através do leite materno. A infecção em filhotes é difícil de confirmar pela presença de anticorpos maternos que duram alguns meses. Pensa-se qua a via sexual não é significante. Não se sabe se os parasitas hematófagos como pulgas podem disseminar a infecção por isso é melhor manter um controlo regular das pulgas.

Quais os sintomas da infecção?

Os sinais clínicos da infecção por FIV são muito inespecíficos. Durante a primeira fase da doença os gatos podem mostrar sinais durante um curto espaço de tempo como mal estar e febre e possivelmente aumento de gânglios linfáticos. Os gatos que recuperam desta fase entram na segunda fase que em que estão aparentemente saudáveis. A terceira fase, os sinais desenvolvem-se por acção directa do vírus e por depressão do sistema imunitário e a incapacidade do gato em lutar outras infecções ficando predisposto a outra doenças e infecções secundárias. A persistência ou recorrência de uma doença indica possibilidade de imunodeficiência. Os sinais mais comuns são perda de peso, prostração, febre, aumento dos gânglios linfáticos e gengivite (gengiva inflamadas). Outros sinais podem ser rinite, infecção de pele, anemia, conjuntivite ou doenças do sistema neurológico que causam convulsões.

As mães infectadas podem abortar durante a gestação.

Como se diagnostica?

Há um teste de sangue simples que mostra se o seu gato esteve ou não em contacto com o vírus. Se o animal tiver um primeiro teste negativo mas apresentar um quadro suspeito deverá repetir o teste passadas 12 semanas.

Opções de tratamento

Até hoje nenhum tratamento produziu uma remissão total de uma infecção já estabelecida. O principal objectivo do tratamento é estabilizar o paciente e dar-lhe uma boa qualidade de vida.

Alguns medicamentos usados em pacientes com HIV são usados e dão resultados em gatos. O interferão é um composto que interfere com a replicação do vírus.

Para além disso, tratar as infecções secundárias é essencial num gato doente. Gatos imunodeprimidos necessitam de tratamentos com antibióticos mais prolongados e frequentes.

Cuidados a longo prazo com um gato infectado

  • Manter o animal dentro de casa (quer para evitar disseminação do vírus quer para evitar infecções secundárias)
  • Alimentação de qualidade
  • Controlo regular de parasitas internos e externos
  • Vacinação regular
  • 2 visitas anuais ao veterinário para detectar precocemente alterações particularmente na boca, pele, gânglios linfáticos, olhos e peso. Aconselha-se a realização de um hemograma  para  detectar e instaurar tratamento imediato se alterado.
  • Castração.

Prevenção e controlo

Há donos que optam por separar os seronegativos dos seropositivos. Apesar do risco de transmissão ser baixo através do contacto directo entre animais ou através de comedouros e bebedouros, aconselha-se a lavagem dos utensílios após as refeições para eliminar o vírus.

Prognóstico

O prognóstico de um animal com FIV é reservado. Se o diagnóstico se realiza cedo pode passar muito tempo até que o animal desenvolva sintomatologia. Nem todos os gatos infectados desenvolvem a síndrome da imunodeficiência mas a maioria desenvolverá. Muitos gatos podem permanecer por longos períodos em bom estado de saúde com a ajuda com os conselhos anteriormente abordados.

Este é Mês do Gatos na ANIMED! Saiba as condições da campanha, ligue para o 220938380.