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Mês de Combate à Obesidade
Obesidade canina e felina
Estima-se que em Portugal, atualmente, aproximadamente 40% dos cães e 30% dos gatos, apresentem excesso de peso.
A obesidade afecta seriamente a qualidade e esperança de vida do animal: animais com excesso de peso, tendem a viver menos anos e ter vários problemas secundários a essa condição, como por exemplo problemas ortopédicos, cardíacos, hormonais, hepáticos, urinários e renais
A obesidade ocorre quando um animal ingere mais energia do que aquela que consome. Essa energia é armazenada sob a forma de gordura. Um animal com 20% do peso corporal acima daquele que seria considerado óptimo, é considerado obeso.
Quanto maior a energia consumida por um animal em crescimento, mais celulas gordas ele irá desenvolver. Uma vez formadas, as celulas gordas serão permanentes: a perda de peso vai ser conseguida pela dimunuição do tamanho das celulas gordas e não pela sua eliminação. Por outro lado, todas as células gordas, armazenam trigliceridos e por isso, por muito pequenas que sejam as células gordas, elas armazenam sempre um porção de gordura. Por isso é que os animais com mais celulas gordas têm uma maior percentagem de gordura, do que animais com menos células gordas. Por outras palavras, é por isso que os animais em crescimento que desenvolvam mais celulas gordas, terão mais dificuldade em perder peso do que animais que ficaram gordos já em adultos, em que o excesso de peso se dá apenas pelo aumento de volume das células gordas. Resumindo, é extremamente importante reduzir a quantidade de gordura em animais em crescimento.
Fatores de Risco para a Obesidade
A causa mais comum de obesidade é a ingestão excessiva de calorias e o tipo de alimentação. No entanto, há factores de risco que podem predispor o seu animal à obesidade, tais como:
- a idade (animais mais velhos são mais sedentários e têm necessidades nutricionais diferentes);
- a esterilização (as necessidades metabólicas são menores em animais esterilizados e por isso a dieta deve ser adaptada ao estado reprodutivo);
- raças: certas raças, como os Basset, Golden Retriever, Labradores, Beagles, cockers e Teckels, Bosques da Noruega (gato) têm reconhecidamente, mais tendência à obesidade;
- obesidade enquanto jovem;
- estilo de vida (do dono e do cão: restrição de exercício físico como por exemplo gatos indoor, donos mais sedentários, donos com excesso de peso);
- sexo (fêmeas tendem ganhar mais peso);
- doenças endócrinas: algumas doenças endócrinas podem predispor à obesidade (hipotiroidismo, d.mellitus, cushing).
Doenças que podem aparecer ou piorar em animais obesos
Muitas doenças estão também associadas à obesidade ou são exacerbadas por ela. Aqui incluem-se:
- problemas ortopédicos (artrites, artroses, rupturas de ligamentos);
- hérnias discais;
- doenças cardiovasculares;
- hipertensão;
- diabete mellitus;
- lipidose hepática em gatos;
- problemas respiratórios;
- complicações em cirurgias e anestesias;
- diminuição da fertilidade;
- incontinência urinária;
- diminuição da fertilidade;
- atraso na cicatrização;
- problemas dermatológicos.
BENEFÍCIOS DA PERDA DE PESO:
– Diminuir a carga nas articulações;
– Menor risco cirúrgico;
– Melhoria da função cardiovascular;
– Diminuição da necessidade de medicação.
SINAIS COMUNS DE OBESIDADE:
– Acumulação de gordura na caixa torácica, coluna e base da cauda;
– Acumulação de gordura abdominal;
– Intolerância ao calor;
– Redução da atividade física.
Objetivos
Além da alteração alimentar, um programa de perda de peso deverá ser complementado pelo aumento da atividade física. Teoricamente, para conseguir o emagrecimento do animal, bastará reequilibrar os níveis de energia consumida e gasta. Porém, este reequilíbrio requer algum tempo, podendo ser necessários alguns meses (a perda de peso semanal deve situar-se entre 0,5% e 2%, no gato, e entre 1% e 3% no cão).
Um animal com excesso de peso ou obeso, deve reduzir a quantidade de energia que ingere, mas não necessariamente a quantidade de alimento.